Uma turista argentina, de 32 anos, enfrenta acusações de racismo após proferir insultos discriminatórios contra funcionários do pedágio da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) em Bombinhas, no Litoral Norte de Santa Catarina. Nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil indiciou a mulher pelos crimes cometidos em pelo menos três situações, caracterizando uma atitude reprovável e contrária aos princípios de respeito e convivência social.
O episódio teve início no final de novembro, quando uma família argentina se recusou a parar no pedágio, alegando isenção de pagamento devido à posse de imóvel no município. Entretanto, as investigações revelaram que, mesmo isentos, veículos com placa estrangeira devem parar e apresentar o documento com QR code de isenção. As placas brasileiras isentas são a única exceção para passagem direta.
A Polícia Civil, ao analisar cinco vídeos registrados por funcionários do pedágio, constatou que a turista ofendeu os trabalhadores em três ocasiões distintas, utilizando termos racistas como “macacos” e “negros de m*”. O delegado Renan Balbino, responsável pelo caso, salientou a gravidade das ofensas e ressaltou que tais atitudes são intoleráveis.
O delegado enfatizou que as injúrias raciais não foram direcionadas a pessoas específicas, mas a qualquer brasileiro presente, baseando-se unicamente na nacionalidade dos ofendidos. Essa motivação se enquadra no artigo 20 da lei 7.716/89, que classifica como crime a prática de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, acarretando pena de prisão de um a três anos, além de multa.
A turista foi formalmente indiciada por racismo, considerando a prática reiterada do crime em três ocasiões distintas. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que, até o momento, não divulgou atualizações sobre as providências a serem tomadas.
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