O setor de eventos está otimista para uma retomada das atividades. Representantes da categoria participaram, nesta quinta-feira (15), de uma reunião técnica com o Coes (Centro de Operações de Emergências em Saúde), em que foram discutidas possíveis medidas para a reabertura. Novidades podem surgir na próxima terça-feira (20), data marcada para o detalhamento das medidas e a definição do tema.
Além do corpo técnico do Coes, cinco pessoas representaram a área de eventos em Santa Catarina, que envolve o funcionamento de casas noturnas, casas de shows, eventos sociais, casamentos, formaturas, aniversários e festas infantis
O presidente da UCSA/SC (União das Casas de Shows e Artistas de Santa Catarina), Sandro Fortes, se mostrou otimista com a conversa. “Nos ouviram, entenderam a situação e se sensibilizaram”, afirma.
A reunião, segundo ele, envolveu a discussão de possíveis medidas, como a ampliação de horário de funcionamento dos estabelecimentos e redução de público. Distanciamento social, uso de máscaras, ventilação correta dos ambientes e restrição de danças também estariam inclusas nos protocolos debatidos.
Existe, porém, uma discussão sobre o atual regramento de restaurantes e bares. Muitos estabelecimentos gastronômicos estariam funcionando, clandestinamente, como baladas. Casas noturnas têm funcionado com alvará distinto.
Na última semana, o superintendente da Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, afirmou que as equipes técnicas estão trabalhando em dois novos regramentos que visam dar mais segurança à operação dos estabelecimentos e aos frequentadores.
Ainda não é hora
Para o médico infectologista, a discussão sobre a retomada de eventos é precipitada, visto que há um número bastante alto de casos e mortes em Santa Catarina.
“Apenas uma pequena parcela da população foi vacinada com as duas doses. Com os eventos, ao não manter o distanciamento, o vírus continua circulando”, afirma. Segundo ele, é muito difícil realizar o controle sanitário nesses espaços: “As pessoas não ficam de máscara. Elas vão beber, se beijar. É muito bom, não só para o bem-estar, mas também economicamente. Porém, não é o momento”.
Isso porque os estabelecimentos costumam ser fechados, sem troca suficiente de ar com a área externa. “Até na praia você pode vir a se contaminar, imagina em um lugar que só tem janelas abertas”, pondera.
Martoni acredita que a discussão poderá ser mais segura a partir do segundo semestre, quando o índice de pessoas vacinadas passar dos 40%. Enquanto isso, ele afirma que seria necessário garantir outros suportes à classe.
Fonte: Nd+
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