Uma operação da Receita e Polícia Federal (PF) teve mandados cumpridos em Balneário Camboriú e Bombinhas nesta terça-feira (29). O objetivo foi desarticular um grupo criminoso que desviava produtos de free shops no Uruguai para vendê-los ilegalmente no Brasil. Em mais de um ano de investigação, a PF apreendeu aproximadamente R$ 180 milhões em mercadorias.
Batizada de Hangover, a operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão — dois deles em Bombinhas e Balneário Camboriú — e 5 de prisão preventiva, um deles em Bombinhas. Os demais foram expedidos para o Rio Grande do Sul e São Paulo. Medidas judiciais para bloqueio de contas bancárias e sequestro de veículos e imóveis também foram emitidas.
A investigação aponta que o grupo fazia a importação ilícita de mercadorias a partir do Uruguai, destinadas a abastecer o comércio ilegal do centro do país, principalmente em São Paulo.
Para isso, através de empresas constituídas no Uruguai, eles importavam mercadorias da China e dos Estados Unidos para revender em free shops de Rio Branco/UY e Acegua/UY. Porém, desviavam os produtos para a venda no Brasil sem o recolhimento de impostos.
A estrutura logística do grupo criminoso contava com depósitos próximos à fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e na região metropolitana de Porto Alegre, pontos onde eram feitos o transbordo da carga. A partir do Rio Grande do Sul, a mercadoria era enviada em caminhões e ônibus para grandes depósitos na cidade de São Paulo, onde os produtos eram estocados e abasteciam o comércio na região da Rua 25 de Março.
Ao longo da investigação, foram realizadas 26 abordagens e prisões em flagrante, que resultaram na apreensão de aproximadamente R$ 180 milhões em mercadorias como cigarros, bebidas, vestuário, óculos, calçados, cosméticos e equipamentos eletrônicos, além de 18 caminhões, quatro ônibus, três vans e seis veículos de passeio.
Em uma das abordagens, foram apreendidas 320 toneladas de mercadorias com valor estimado de R$ 150 milhões, em uma transportadora que operava como depósito dos produtos ilícitos na cidade de São Paulo.
Até a publicação deste texto não havia a confirmação da prisão em Bombinhas. A PF tampouco explicou qual o papel das duas cidades catarinenses no esquema criminoso.
(NSC Total)
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